Capítulo II (parte 1)

A noite de véspera de natal terminou como eu imaginava, Brenda, a nova namorasda dela e mais dois rapazes gays que eu nunca vi na minha vida indo embora do meu apartamento já quase de manhã, bêbados e drogados, e eu indo deitar com a Gil, sentindo o corpo cansado mas totalmente sem sono.

Fumamos um baseado, fizemos amor, e só então conseguimos dormir. Eu queria um natal dentro de casa, então no dia 25 passei com a Gil "morrendo" de ressaca rápido na casa de meus parentes, distribuindo presentinhos e recebendo os meus, ganhei os mesmos perfumes e roupas de todos os anos, sinto falta de quando eu ganhava brinquedos, mas acho que já tendo dezenove anos, meus tios e avós não achariam adequado, a Gil me deu um som novo pro carro, deve ter sido caro, mas não quis perguntar.

Nos dias que seguiram, trabalhei até o dia trinta, no dia trinta e um o jornal onde trabalho deu folga pra todo mundo, a faculdade estava em greve desde antes do natal, e pela primeira vez não achei isso ruim.

Pretendiamos passar do dia 31 pro dia 1º sozinhas em casa, eu até comprei um champagne importado, pra brindarmos a entrada do novo ano. O ano que se passara fôra difícil para todo mundo, perdemos um amigo em um acidente de carro, tivemos diversas brigas na "galera", saí de casa e comprei um apartamento com a ajuda do meu pai, porque se dependesse da minha mãe, eu jamais sairia de baixo da "saia" dela, a família da Gil ficou muito no pé dela porque ela ainda não saíra do ensino médio, e com 17 anos já devia estar prestando vestibular, e outras coisas que não valem a pena mencionar, e foi durante uma conversa sobre este ano difícil, enquanto a Gil falava, sentada no sofá da sala, e eu ouvia, reparando em quanto a boca dela era vermelhinha e macia, e quanta vontade eu estava de calá-la com um beijo, que a campainha tocou.