terça-feira, 12 de agosto de 2008

Capítulo II (parte 4)


Os primeiros dias do ano foram correria pra todo mundo, faculdades e trabalhos de volta, e de volta junto com eles a rotina do dia-a-dia, eu ia pro jornal pela manhã, buscava a Gil no colégio às sete da noite, deixava ela no meu apartamento e ia pra faculdade em seguida. Nos finais de semana, encontros casuais no bar que a Laura era gerente, ou reuniões íntimas no meu apartamento.

Nillo começou a sair no carnaval com um cara que eu já conhecia de outros carnavais, e foi o primeiro cara qye gostei de ver com ele, depois dos anteriores que eu não aprovava muito.

A Laura continuava "curtindo" sem compromisso com uma garota aqui e outra ali. Laura não era o tipo de garota que pode-se chamar de "gatinha", estava bem mais pro "gatinho"mas ela tinha sem dúvida seus atrativos. Não era muito alta, um e setenta no máximo, minha altura, o que pode-se considerar alta na região que nascemos, tinha os olhos castanhos, pequenos, a pele branca daquelas que nunca vêem o sol(mais uma coisa que tínhamos em comum), os cabelos, muito lisos, longos e castanhos, sempre amarrados em um "rabo de cavalo", usava sempre bonés e roupas das marcas mais caras, e na academia, malhava só so braços, não importava pra ela ter as pernas finas, ela só queria ter um braço musculoso pras meninas colocarem a cabeça, mas Laura tinha uma qualidade incontestável; a persistência. Enquanto a Brenda ganhava a "mulherada" pelo charme de tocar violão e cantar na noite, a Laura contra-atacava com investidas constantes e sempre engraçadas, deste modo, mesmo que a menina não estivesse nem um pouco interessada nela, acabava pelo menos dando boas risadas.

Eu e Laura já fomos como irmãs, tinhamos uma amizade cúmplice, só ela me ajudava em meus "lances perigosos" e minhas paqueras extra-conjugais, pra Gil, sempre ela dizia que era ela que estava afim das garotas que na verdade eu que queria, já nos ajudamos muito, ela costumava dizer que eu era o cachorro dela, porque eu ia fazendo "merda" na frente e ela ia atrás recolhendo. "E o pior, Camila, é que tu fazes merda detro de casa!" E eu ria muito, Laura foi abençoada com um senso de humor incrível, único e memorável. Infelizmente brigas, fofocas, novas amizades e falta de tempo tiraram de nós um pouco dessa amizade legal que tinhamos, mas mesmo assim, eu sabia que poderia contar sempre com ela.

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