quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Capítulo III (parte 2)


Quando a Federal saiu da greve, minha vida voltou para a rotina costumeira. Eu e Gil começamos a nos distanciar e aquela fase de briguinhas recomeçou. Lá pelo meio de Junho, eu descobri um novo hobbye. Algumas de minhas diversões solitárias eram ler e ouvir música, era o que eu mais fazia quando brigava com a Gil e ela ia com raiva pra casa dela.

Em uma manhã de terça feira eu acordei atrasada pro trabalho, sentindo o corpo dolorido e uma forte dor de cabeça, eu já vinha me sentindo mal a um tempo mesmo, então ignorei o mal estar e levantei com pressa pra ir pro jornal.

Enquanto eu dirigia, o sol fazia minha dor de cabeça aumentar, mesmo usando óculos escuros no lugar dos de grau costumeiros.

Quando entrei no elevador, a Editora chefe já estava a bordo do mesmo. Ela me olhou, e sorriu, aquele sorriso cínico que ela me dava todos os dias.

Ela vivia me cantando, essa era a verdade. A editora chefe se chamava Irene, era uma mulher de uns quarenta anos no máximo, mas era uma bela mulher, disso não restavam dúvidas. Tinha os cabelos loiros, ainda naturais, olhos azuis intensos, a pele lisa e quase sem linhas de expressão no rosto, um belo corpo, e pernas e bunda que fariam qualquer "adolescentezinha" geração fast food ficar com inveja. Logo que fui aceita no estágio, ela começou a me jogar indiretas. A princípio estranhei, porque eu sabia que ela era casada, e tinha uma filha quase da minha idade, que por sinal, era da minha sala na faculdade, mas com o tempo, fui me acostumando com suas cantadas cada vez mais evidentes e freqüentes, até que, na época que eu e Gil tivemos problemas, eu saí com ela umas duas vezes. Foi só sexo casual, e pensei que depois disso ela iria me deixar em paz. Leigo engano.

-Bom dia Mila...

-Bom dia, Dona Irene. -Respondi nervosa, quando percebi que mais ninguém entrara no elevador, e dali não haveria escapatória.

-Como você está hoje? -ela foi se aproximando.

-Com um pouco de dor de cabeça, mas estou bem...-encostei-me na parede do elevador.

-Tadinha...quer um remedinho, neném? -Ela fez aquele "biquinho" que me deixava louca, arrumando a gola de minha camisa social branca.

-Não, não precisa Dona Irene...-senti minhas mãos ficando suadas.

-Quando é que vais parar com esta mania de me chamar de Dona, hein? -Ela encostou o corpo dela no meu, roçando suas coxas grossas nas minhas.-Quando estamos sozinhas, é só Irene, aprendeu desta vez? -E ela começou a beijar minha orelha, passando a língua de uma forma muito sensual em meu alargador, e por algum motivo que eu ainda não havia entendido, as minhas pernas estavam tremendo. Claro que uma mulher daquelas me deixava "animada", mas nunca chegara a tal ponto. Quando ela começou a beijar meu pescoço, ela se afastou, e fez uma cara estranha.

-O que foi, Dona...ah! O que foi Irene? -perguntei intrigada, com medo de estar com cheiro de suor, ou coisa parecida.

-Tá quente...

-Sério? Estranho, porque eu tô sentindo frio desde cedo, amanheceu chovendo, aí...

-Não Milinha, não é o clima que está quente! És tu! Tá toda muito quente!

-Estou é...? -Fiquei desconcertada.

-Tá doente meu anjo? Porque se estiver...

Mas já era tarde, o elevador abriu as portas no andar que eu deveria descer, eu queria mesmo ir pra casa dormir, mas por outro lado, haviam milhões de coisas a serem feitas e eu não podia me dar a esses luxos.

2 comentários:

Andréa Balsan disse...

hey moça....beleza
ainda não tive tempo de ler...sabe....acho que vou imprimir td e ler suas histórias....eu faço isso com as minhas...sabe, eu imprimo cada capitulo e a partir do terceiro eu ando lendo e corrigindo meus erros para ficar melhor para vocês...
entrei aqui mais pra responder o que você escreveu lá...
Assim, a história que eu quero para Bruna é que às pessoas pensem no perdão...é foda perdoar...mas às vezes é necessário...
Por enquanto ainda não sei do futuro de Bruna...é a única que eu não tenho menor ideia de seu final...está completamente aberto...vamos ver o que acontece com ela.
E agora falando de Monise e Luciana...bem....eu acho que o fato de Luciana ser alguém completamente do bem, vc e outras leitoras(e eu tbm) vamos achar que ela tem interesse por todas...rs...
Mas quem sabe....
A Luciana é que tem o leque de fins menor, já que a história dela está meio que pronta na minha cabeça...
vamos ver...
A Monise merece ser feliz...
e se prepare para rir e chorar ainda mais com essas meninas...

E sobre unir nossas histórias, eu pretendo ler td q vc escreve e fazer uma visita a sua história...
eu gosto de participações especiais...rs
até adianto a vc que no próximo capitulo eu coloco a participação especial de uma amiga minha que nasceu para ser uma personagem...
enfim....deixa eu trabalhar aqui...beijos

Anônimo disse...

Hunmmm...
Ta esquentando...
Ei mulher! Vê se posta mais umas 10 vezes antes de viajar ta? Por favor!!!